Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá se separam. Defesa do ex-casal agora deve ser desmembrada
Ullisses Campbell
Publicação: 28/06/2009
Separados fisicamente há 418 dias, Alexandre Nardoni, 31 anos, e Anna Carolina Jatobá, 24, não teriam mais vínculo amoroso. A informação de que o casal acusado de matar Isabella Nardoni, 5 anos, pôs um fim no relacionamento já chegou ao Ministério Público de São Paulo e poderá desmembrar a defesa dos dois, caso eles não sustentem em juízo a mesma história que contaram à polícia sobre a noite em que a criança foi esganada e jogada do sexto andar de um prédio da Vila Mazzei, bairro de classe média de São Paulo.Os rumores da separação do casal começaram em janeiro, quando Anna Carolina e Alexandre pararam de trocar cartas de amor.
As correspondências eram levadas sempre por parentes. A última foi escrita por Alexandre entre o Natal e o ano-novo e entregue na primeira semana de janeiro à madrasta de Isabella. Na carta, o pai da menina assassinada dizia que estava com saudades dela e dos dois filhos. Essa carta, porém, não teve resposta. Desde então, Anna Carolina dedica-se à religião e aos afazeres na cozinha comunitária das presas. Segundo uma fonte da Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, ela não teria mais interesse no marido. “As últimas cartas que ela mandou para ele nem falam mais de amor. Só dos filhos”, conta uma agente carcerária.Os novos advogados do casal, Roberto Podval e Beatriz Dias Rizzo, não confirmaram ao Correio a separação do casal, mas também não desmentiram.
Disseram que ainda cuidam da defesa dos dois e que a suposta separação só afetaria os trabalhos dos advogados se o casal começasse a se acusar mutuamente ou se não compartilhassem mais da mesma versão. “Eu sei que eles estão separados porque estão presos em cadeias diferentes. Mas se eles começarem a se acusar, por uma questão de ética, só poderemos representar um”, diz Podval. Procurados pela reportagem, os pais de Alexandre e Anna Carolina não quiseram comentar o assunto.No mundo do crime, casais que cometem assassinatos juntos acabam divergindo com o passar do tempo, e a separação torna-se inevitável.
Fonte: Correio Braziliense.
Comentário do Dr. Calandra:
Tudo isso traz uma possibilidade de ser um novo episódio para os fatos imputados ao casal ou mesmo uma estratégia da defesa.
Na ação penal o que é julgado é o fato ocorrido no passado, não aquilo que ocorre agora. Mas, com a separação, podem surgir novas versões para o crime.
terça-feira, 30 de junho de 2009
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